Investigação do PR aponta que grupo faturou R$ 200 milhões com plataformas de jogos de azar e 25 pessoas são denunciadas, diz MP

  • 03/11/2025
(Foto: Reprodução)
GAECO faz nova operação e prende investigados por jogos de azar e agiotagem em Londrina Um grupo investigado por integrar uma organização criminosa ligada à exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR). Investigação apontou que grupo faturou cerca de R$ 200 milhões com plataformas online de jogo do bicho. Ao todo, 25 pessoas foram denunciadas por 42 crimes apurados durante a Operação Las Vegas, que aconteceu em janeiro e outubro deste ano, em Londrina e Cambé, no norte do Paraná, e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal. Os crimes citados são: organização criminosa, lavagem de ativos, usura -- cobrança de juros abusivos em empréstimos ou dívidas -- falsidade ideológica, e a contravenção penal de jogo do bicho. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Maringá no WhatsApp Segundo o MP, a investigação revelou que o grupo era liderado por um empresário local. Ele mantinha uma plataforma tecnológica de abrangência nacional para gerenciar as apostas ilegais. Por meio dela, o grupo teve grandes lucros e todo o dinheiro era lavado "por meio de um sofisticado esquema envolvendo a criação de empresas de fachada, além da aquisição de bens móveis e imóveis", conforme o MP. Além de denunciar o grupo, MP solicitou à Justiça que os quase R$ 200 milhões faturados pela organização criminosa em parte do período investigado fossem confiscados, bem como Imóveis e veículos de luxo comprados com o dinheiro do crime. Também houve o pedido de reparação por danos morais coletivos. Patrimônios dos principais denunciados e de empresas deles também foi confiscado, após a investigação apontar inconsistências em receitas declaradas e em valores movimentados. LEIA TAMBÉM Arsenal: Trabalhadores encontram granadas e munições de metralhadora enquanto demoliam casa em Curitiba Arquitetura: O sonho latino-americano de Oscar Niemeyer que ficou abandonado por uma década e agora volta a ganhar vida em Foz do Iguaçu 3 mil km de viagem e sem ar-condicionado: Casal vai do PR ao AM de Corcel para entregar carro para comprador 1ª Fase da operação Operação bloqueia R$ 150 milhões de investigados em participação de esquema de jogos de azar MPPR A 1ª fase da operação aconteceu no dia 30 de janeiro de 2025. Aproximadamente R$ 150 milhões foram bloqueados de contas bancárias de investigados. Ao todo, foram 23 mandados de busca e apreensão, três de prisão e 14 de medidas cautelares. Entre os alvos, está um policial rodoviário federal. Além de 12 mandados em Londrina e um em Cambé, as ordens também foram cumpridas em cidades de outros estados: três em Goiânia (GO), quatro em Itapema (SC) e um em Balneário Camboriú (SC). Um mandado foi cumprido em Brasília, no Distrito Federal. Foi determinado ainda o bloqueio de sites de apostas, páginas em redes sociais, sistemas de gestão de jogos ilegais – tanto no Brasil quanto no exterior – e sequestro de 18 imóveis e de 236 veículos. Dos três mandados de prisão, um era em Londrina e dois nos Estados Unidos. 2ª Fase da operação Segunda fase da Operação Las Vegas foi realizado em outubro deste ano. MP-PR A 2º fase da operação foi realizada no dia 16 de outubro deste ano em Londrina, Tupã, no interior de São Paulo, e em Itapema, em Santa Catarina. Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva, sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de imposição de medidas cautelares. Segundo o MP, foi necessário deflagrar uma nova fase da operação, depois que as investigações apontaram que os investigados foram alertados sobre a primeira etapa da operação. Isso fez com que alguns alvos fugissem e ocultassem provas antes da chegada dos agentes. Outro ponto considerado, foi o fato de que as plataformas online de jogos de azar continuaram funcionando normalmente, com postagens e atividades diárias. Como o esquema funcionava Operação bloqueia R$ 150 milhões de investigados em participação de esquema de jogos de azar MPPR A investigação mostrou que o grupo desenvolveu uma plataforma que insere jogos ilegais em máquinas de cartão de crédito. Para fornecer para outras regiões, recebia um percentual dos lucros. O Gaeco teve acesso a uma planilha desse grupo que mostrou uma renda bruta de R$ 40 milhões em um mês ao fornecer a plataforma para 81 compradores. "Eles faziam esse branqueamento do capitais através de aquisição de imóveis de luxo e também a constituição de diversas empresas de locação de veículos", explicou o promotor do Gaeco Londrina, Leandro Antunes. As empresas eram "emprestadas" para que criminosos condenados pudessem "lavar" dinheiro ao adquirir veículos de luxo. Uma lotérica e compras de cotas de consórcio também foram esquemas usados para ocultar os valores. Líder foragido e participação de policial rodoviário federal Operação bloqueia R$ 150 milhões de investigados em participação de esquema de jogos de azar MPPR O líder do grupo foi preso em 2011 e, em seguida, recebeu liberdade. Ele continuou realizando jogos ilegais e expandiu o esquema até os outros estados do país. Em 17 de novembro de 2023, três dias após o Gaeco prender dois integrantes da organização, ele e familiares fugiram para o Paraguai. De lá, foram para os Estados Unidos. O policial rodoviário federal investigado é irmão do líder do grupo e está no Brasil, com imóvel em Londrina. Ele não foi preso. Entretanto, na casa dele, que foi alvo da primeira fase da operação, foi encontrado um veículo em nome de uma das locadoras investigadas. "Já há algum tempo que as contas bancárias desse policial rodoviário federal eram utilizados pela organização para fins de lavagem de capitais. E também a notícia de que pelo menos em uma oportunidade ele teria feito transporte de valores, ainda que durante o serviço, em razão da função, para outras localidades também em benefício desta organização, levando esses valores para outros 'bicheiros', outros criminosos de outros estados do país", explicou o promotor de Justiça Guilherme Larsen. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Norte e Noroeste.

FONTE: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2025/11/03/investigacao-do-pr-plataformas-de-jogos-de-azar-denuncia-mp.ghtml


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